DDS: o que é o diálogo diário de segurança? - DuaPi Epi

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Publicado em 3 de dezembro de 2021 na categoria #Artigos

DDS: o que é o diálogo diário de segurança?

dds

Por mais importante que o DDS seja, nem todo mundo sabe o que essa sigla significa. Então, nada mais justo do que o blog dessa semana abordar tudo sobre o diálogo diário de segurança. Acompanhe o texto, fique por dentro do tema e saiba como aplicá-lo na sua empresa.

Primeiramente, é preciso entender que criar e manter um ambiente laboral seguro é algo difícil de se fazer. Isso porque essa é uma tarefa de reponsabilidade de todos, além de levar tempo. Assim, empresa e colaboradores devem atuar em conjuntos.

O diálogo é um dos principais recursos para que esse ambiente de trabalho seguro e ideal seja implantado. Mesmo sendo uma ferramenta simples, a conversa traz ótimos resultados. É por isso que o DDS é tão importante e deve fazer parte da rotina dos trabalhadores.

O que é o DDS?

Para que a segurança do trabalho se faça presente no ambiente, é preciso reforçar a sua importância. É aí que entra o diálogo diário de segurança. Isso porque o DDS nada mais é do que uma conversa curta, mas que aborda temas essenciais para a SST.

A ideia é conscientizar os trabalhadores sobre alguns pontos considerados essenciais para o trabalho seguro. Entre eles, estão os riscos ocupacionais, acidentes de trabalho e o uso de EPI, por exemplo. Confira outros possíveis tópicos:

temas para o dds

Como visto, o DDS pode abordar inúmeros temas. E isso pode ser adaptado para o que os colaboradores vivenciam diariamente no local de trabalho. Assim, é possível evidenciar os riscos específicos da empresa, fortalecendo a prevenção.

Mas, como o próprio nome indica, o DDS deve ocorrer com certa regularidade, ainda que não seja realizado todos os dias. Então, o ideal é que essas conversas sejam curtas e objetivas. Dessa forma, ninguém perde o interesse e os tópicos são absorvidos com maior facilidade.

Para que tudo saia da melhor forma, é preciso que o responsável pelo DDS esteja preparado. Em geral, o melhor é planejar os temas com antecedência. Além disso, os líderes de cada setor devem estar cientes de como integrar os trabalhadores na conversa.

Como ele funciona?

O ideal é que esse diálogo seja constante, para manter os tópicos sempre frescos na memória do trabalhador. Entretanto, nada de exagerar. O DDS não é uma palestra e, por isso, deve durar entre 5 e 15 minutos. Acima disso, todos perderão o interesse.

Em geral, esse diálogo é realizado no começo do expediente. O que ocorre é o agrupamento dos trabalhadores para que a breve conversa possa ser executada. Para realizar esse trabalho, é preciso de algum membro da CIPA, um profissional do SESMT ou do empregador.

A partir daí, é possível medir os resultados que a interação vai gerar. Esse acompanhamento ocorre através de indicadores de desempenho de SST. Eles envolvem taxas de gravidade, acidentes, absenteísmo, rotatividade e índices de treinamentos.

O diálogo diário de segurança é obrigatório por lei?

Atualmente, no Brasil, não existem leis trabalhistas ou Normas Regulamentadoras que mencionem o diálogo diário de segurança. Porém, ainda é possível identificar a obrigatoriedade da empresa em informar o trabalhador sobre os perigos do trabalho, prevenção e segurança.

Um desses exemplos é a própria NR-1. Segundo ela, o empregador deve informar os trabalhadores sobre alguns tópicos importantes para a segurança da atividade a ser realizada. Assim, é essencial comunicar:

”os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho;

as medidas de controle adotadas pela empresa para reduzir ou eliminar tais riscos;

os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.”

Outra Norma Regulamentadora que pode apoiar o DDS é a NR-6. Essa NR fala sobre o uso dos EPIs e as responsabilidades de cada agente na hora de garantir a segurança no trabalho. Assim, a empresa deve ensinar o uso correto dos equipamentos, além de armazenamento e higienização.

A última NR que tem relação com o diálogo diário de segurança é a NR-9. Essa NR fala sobre o PPRA, e indica que a empresa deve informar os trabalhadores sobre os possíveis riscos ambientais. Também é necessário explicar como evitar esses riscos.

Seja como for, o ideal é que essa conversa curta, mas efetiva, ocorra com certa frequência. Isso porque a conscientização é essencial para que o ambiente de trabalho se torne mais seguro e eficaz. Dessa forma, o trabalhador se sente mais à vontade e o bem-estar fica em alta.

Quais são os benefícios do DDS?

Parece muito trabalho para implantar apenas uma conversa rápida com os colaboradores, certo? Mas é aí que você se engana. O DDS pode parecer pouca coisa, mas ele oferece diversos benefícios para empresa e trabalhadores, se executado corretamente.

Para começar, o diálogo acaba sendo uma forma de reforçar treinamentos e capacitações anteriores. É claro que uma palestra sobre o uso correto dos EPIs vai cobrir muito mais o tema, mas o DDS costuma auxiliar. Uma boa dica é planejar essas conversas em conjunto com a gestão de treinamento.

Assim a empresa pode controlar melhor os assuntos abordados, evitando com que o conteúdo seja repetitivo e cansativo. Dessa forma, os colaboradores participam do DDS de forma mais ativa e engajada. Outros benefícios incluem:

benefícios do dds

Ao aplicar o diálogo diário de segurança com exito, seus colaboradores poderão atuar de forma mais segura e saudável. Assim, o serviço flui melhor, e todos trabalham de forma motivada e produtiva. Além disso, o número de faltas também diminui.

Outro ponto interessante é o compartilhamento de informações sobre perigos e acidentes de trabalho. Isso porque, ao entenderem quais são esses riscos, além de saber como evitá-los, os trabalhadores acabam se envolvendo em menos acidentes.

Como aplicar o DDS na empresa?

Para inserir o DDS no cotidiano dos trabalhadores, é preciso contar com organização e engajamento. O primeiro passo é deixar claro quais são os horários e dias nos quais ele vai ocorrer. Se for um procedimento diário, informe o horário correto da conversa, além do local.

Em geral, o diálogo é realizado antes do expediente de trabalho. Se houverem turnos na empresa, garanta a execução do DDS antes de cada turno. Assim, todos podem ter a chance de acompanhar o bate papo.

E não se esqueça de que a ideia é motivar os trabalhadores a participarem. Logo, nada de conversas extensas e totalmente técnicas. O profissional responsável pelo DDS deve adaptar a linguagem para que os colaboradores entendam o que está sendo dito.

Uma forma eficiente de fazer com que o engajamento seja maior é utilizar casos reais e atuais e que tenham ligação com os temas. Relacione o que está sendo dito com o cotidiano dos trabalhadores. Você também pode convidar especialistas nos assuntos abordados no DDS.

Por fim, o ideal é que os colaboradores se sintam ouvidos. Assim o engajamento aumenta e todos eliminam eventuais dúvidas. Portanto, abra espaço para perguntas e tente responder todas elas da melhor forma. Nunca se esqueça de que um diálogo exige a participação de todos.

E a periodicidade?

Caso esteja recebendo críticas sobre a realização dos diálogos, considere reduzir a frequência. É possível realizar o DDS duas vezes por semana. É claro que esse é um exemplo, e será preciso entender as necessidades da empresa.

Então, se essa for a realidade na sua empresa, adapte a realização das conversas. O melhor é que elas ocorram de forma mais espaçada, caso estejam gerando reclamações ou outras críticas.

Considere, também, o ambiente e a equipe que vai receber o diálogo. Isso porque, como você pode imaginar, alguns trabalhadores precisam mais dessas conversas sobre segurança. É o caso de operários de canteiros de obras, ao contrário de quem trabalha em um escritório, por exemplo.

Diálogo diário de segurança é treinamento?

A resposta curta para essa dúvida é: não, o DDS não é um treinamento. Mas é possível reforçar as capacitações com ele. Em resumo, pode-se dizer que ele é uma forma de complementar esses treinamentos.

Dessa forma, o diálogo diário de segurança não deve ser contabilizado como treinamento, em nenhuma situação. Os treinamentos são mais longos e abrangem muitos tópicos dentro de um tema, geralmente com práticas. Já os DDS são curtos, objetivos, diretos e não costumam ir além de uma conversa rápida.

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