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Publicado em 24 de setembro de 2021 na categoria #Artigos

Setembro verde e inclusão no ambiente de trabalho

setembro verde

O Setembro Verde é uma campanha voltada para a inclusão das pessoas com deficiência no meio social. E isso também engloba a inclusão no mercado de trabalho. Mas, nem sempre as empresas abrem espaço para essa integração.

Sendo assim, é importante que o tema seja ao menos debatido dentro do local de trabalho. Isso porque existe uma lei para amparar a luta das pessoas com deficiência pelo espaço no mercado. Porém, nos piores casos, é comum que ela seja completamente ignorado.

Portanto, essa pode ser a oportunidade para que você abra espaço para essa inclusão na sua empresa. Entretanto, antes de prosseguir, é preciso entender o que realmente é o Setembro Verde. Acompanhe abaixo.

O que é o Setembro Verde?

A campanha do Setembro Verde foi criada pela Federação das Apaes do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP), em 2015. Assim, ela busca conscientizar cidadãos e empresas sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência.

A ideia é que o Setembro Verde ajude a fortalecer a luta pelos direitos e pela inclusão social, envolvendo a população na causa. Além disso, o mês também foi selecionado por conta do Dia Nacional da Pessoa com Deficiência, que é comemorado no dia 21.

Inclusão no mercado de trabalho

Atualmente, quase 25% dos brasileiros possuem algum tipo de deficiência. Já quando se fala na população com deficiência que trabalha de maneira formal, os números são quase inexpressivos: apenas 1% das pessoas com deficiência estão inseridas no mercado.

dados pessoas com deficiência mercado de trabalho

É importante ressaltar que essa inclusão no mercado de trabalho possui amparo legal. Isso piora ainda mais a situação das empresas brasileiras que não abrem espaço para as pessoas com deficiência. Em teoria, é preciso garantir uma porcentagem das vagas para quem possui algum tipo de deficiência.

Quantidade de trabalhadoresPorcentagem de vagas reservadas
Entre 100 e 2002% das vagas
Entre 201 e 5003% das vagas
Entre 501 e 10004% das vagas
Acima de 10015% das vagas
Dados: IBGE

Como visto na tabela acima, a Lei de Cotas, nº 8213/1991, indica que a empresa deve reservar algumas vagas para pessoas com deficiência. A ideia é garantir com que pessoas com deficiência e reabilitados possam ter chance no mercado de trabalho.

Assim, a empresa precisa assegurar com que uma parte das vagas seja destinada às pessoas com deficiência. Esse número é proporcional à quantidade de trabalhadores que a empresa possui a cada momento. Na teoria, a Lei de Cotas auxilia a causa, mas na prática não é bem assim que acontece.

É preciso cumprir a lei

O que ocorre é que, mesmo obrigadas por lei, algumas empresas simplesmente não ofertam as vagas para pessoas com deficiência. Além disso, passam impunes justamente por falta de fiscalização dos órgãos públicos responsáveis pela tarefa.

Em casos onde a fiscalização faz seu papel, é comum que a empresa seja multada. Os valores podem alcançar os R$ 228 mil. Ou seja, além de tudo, o descaso com a luta da pessoa com deficiência pode gerar prejuízos financeiros, em conjunto aos sociais.

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Isso porque, em geral, essa falta de acesso ao mercado de trabalho acaba criando uma espécie de prisão social. É aí que entra a importância do Setembro Verde para a inclusão dentro das empresas. A ideia é que ocorram debates construtivos e as empresas sejam mais inclusivas.

O debate sobre cotas pode atrapalhar na inclusão?

Dois fatores recorrentes são os responsáveis pela baixa adesão à Lei de Cotas: o preconceito e a própria palavra “cota”. Especialistas no tema indicam que existe uma dificuldade em explicar que essa reserva de vagas é essencial para que as pessoas com deficiência possam trabalhar.

Em geral, o debate sobre cotas não é recebido com bons olhos, justamente pela impressão de que elas beneficiam um grupo enquanto prejudicam outro. Porém, isso não é verdade. A ideia é que elas sirvam como política de ação afirmativa e que busquem uma equiparação social.

Assim, o ideal é que, no futuro, as cotas não sejam mais necessárias, ao contrário do atual cenário do mercado de trabalho. Isso porque, caso as oportunidades para as pessoas com deficiência sejam abundantes, não será preciso indicar essa garantia através de leis.

Como o Setembro Verde fortalece a inclusão na sua empresa?

Mas como garantir essa política social na sua empresa? Será que existe uma forma mais otimizada de iniciar a integração social? E o Setembro Verde, como pode te ajudar? Essas são algumas das dúvidas mais comuns quando se fala em inclusão no mercado de trabalho.

Primeiramente, o ideal é adequar as vagas às exigências da Lei de Cotas. Então, se a sua empresa possui 550 trabalhadores, por exemplo, 4% das vagas devem ser destinadas às pessoas com deficiência. Assim você já evita eventuais problemas legais.

Outra necessidade está na criação de programas de combate ao preconceito. Isso porque, mesmo que a empresa possua trabalhadores com deficiências, é preciso que todos os colegas estejam na mesma sintonia. E isso inclui, também, os gestores.

acessibilidade no ambiente de trabalho

Uma boa dica é que o setor de Recursos Humanos desenvolver atividades de integração entre a equipe. Assim, os colaboradores podem se conhecer melhor, sabendo como aceitar diferenças e trabalhar em conjunto.

Por fim, é preciso adequar a empresa às questões de acessibilidade. Isso inclui a implantação de rampas e banheiros adaptados, entre outros. Mas também é preciso pensar na acessibilidade auditiva e visual. Se precisar, é possível buscar ajuda de profissionais especializados no assunto.

Atualmente, é possível encontrar cursos de Libras com facilidade, por exemplo. Além disso, o Poder Público costuma realizar ações inclusivas de tempos em tempos. Assim, fica mais fácil de realizar treinamentos voltados para a inclusão dentro do ambiente de trabalho.

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